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PARQUE LINEAR DINAMÉRICA TRECHO III

   Projeto de intervenção urbanística desenvolvido na disciplina de Fundamento do Planejamento e do Desenho Urbano.  

Grupo: Anna Hemília, Beatriz Sousa, Daiane Araújo, Diego Diniz, Sam Lima

CONSIDERAÇÕES INICIAIS 

   O trecho usado no desenvolvimento desse memorial consiste no trecho 3 do canteiro localizado na Avenida Dinamérica Alves Correia no bairro Dinamérica da cidade de Campina Grande. Através de pesquisas, aulas em sala, visitas de campo e conversas informais com os moradores da região, uma série de pontos foram elencados, possibilitando assim uma leitura mais aprofundada do trecho assim como seus problemas e potencialidades. A partir das conclusões observadas, foram desenvolvidas propostas que visassem melhorar o espaço agregando novos elementos e aperfeiçoando os pré-existentes. 
    Neste memorial é apresentada uma proposta de intervenção para o trecho que visa melhorar seu espaço, de modo que não prejudique os usuários da instituição de saúde que lá está implantada, ofereça uma melhoria no trafego de veículos (já que o trecho é utilizado de forma irregular), na segurança dos pedestres, além de trazer para aquela localidade uma alternativa que permita que as pessoas interajam entre si e se sintam confiantes para ocupar e aproveitar o espaço durante todo o dia.
    Outro fator importante é a presença dos fogueteiros, que são marca cultural da cidade, porém por não poderem ficar perto de áreas residenciais por questões de segurança, terão que ser realocados. Projetos para essa relocação também serão apresentados, visando melhorias para sua estrutura e segurança.

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL


    Hoje, apesar de apresentar notáveis potencialidades, o trecho três do canteiro Dinamérica apresenta uma série de dificuldades a serem trabalhadas. As calçadas não apresentam um único nível, o que dificulta o passeio sobretudo das pessoas com mobilidade reduzida. Vias informais são observadas por todo o canteiro, tanto para acesso de pedestres quanto para retorno de veículos que ocupam o canteiro, o transformando também em uma espécie de estacionamento. As paradas de ônibus não apresentam nenhum móvel que torne mais confortável a permanência, mesmo que breve, nesses lugares e as rotas que beneficiam esse espaço são insuficientes. A iluminação também não é satisfatória, assim como a segurança. Os fogueteiros que ocupam o lugar criam uma relação densa entre sua necessidade de espaço e a   segurança dos cidadãos, tendo em vista que existe uma forte presença residencial e de serviços como igrejas e escolas nas proximidades. Os moradores do entorno não têm opções de permanência em espaços públicos, pois esses caracterizam um déficit notório no trecho. 

 

IMPACTO


    A proposta de intervenção aqui apresentada enaltece as potencialidades do local como solução dos problemas presentes. Para isso, as diretrizes criadas visam solucionar a falta de acessibilidade, de mobiliário urbano e equipamentos públicos, além das apropriações e usos informais do canteiro.
    Com efeito, em relação à acessibilidade e ao fluxo de veículos, o trecho possui vias largas, no entanto, não há nenhum tipo de sinalização. Além disso, a avenida Dinamérica faz parte do projeto do segundo anel viário de Campina Grande, o que torna mais inseguro o fluxo do pedestre. A intervenção para esta problemática é instalação de faixas elevadas com botoeiras para deficiente visual e a extensão de calçadas acessíveis. Desse modo, a área ganhará mais vitalidade, já que haverá espaço com segurança e prioridade para o pedestre.

      Outro fator importante para a viabilidade do projeto é a realocação das barracas de fogos. De acordo com a legislação do comércio de fogos de artificio, a presença de tais estabelecimentos deve estar a uma distância mínima de 300m das habitações. Assim, anexamos à proposta o projeto de realocação dos fogueteiros feito pela prefeitura. De modo que a transferência dos mesmos para um local que obedeça às normas de segurança, proporciona também a segurança no canteiro e em seu entorno.    De maneira significativa, a UPA apresenta grande influência regional. No entanto, a ociosidade do entorno não transmite a calmaria que deve caracterizar uma instituição como esta. Por este motivo, todo o projeto tomou partido da mesma. Assim, propõe-se um parque linear que integre as necessidades do bairro de lazer e equipamentos públicos à dinâmica da referida instituição.

VIABILIDADE DA PROPOSTA

    Cada item presente no trecho foi analisado, afim de que a execução das   intervenções propostas estejam asseguradas pela legislação.
    Quanto ao paisagismo proposto, a vegetação foi selecionada pensando na UPA numa perspectiva de calmaria e, a partir do seu entorno, um parque linear a ser usado pela população. A escolha das espécies priorizou plantas regionais, inclusive as mais adaptadas a escassez hídrica, e manteve as árvores existentes no local.
    No que se refere a implantação de faixas elevadas com botoeiras é necessário o uso da sinalização de acordo com as leis do Conselho Regional de Transito (COTRAN). Assim, foram colocadas sinalizações táteis no limite da calçada e utilizadas demarcações sobre o piso da rampa de acesso à faixa elevada de acordo com a NBR 9050, outrossim, instalou-se placas de velocidade máxima permitida de 40km/h ao longo do trecho 3 e placas especiais que indicam a presença da unidade de pronto atendimento, bem como, a constante presença de pedestres.
    Perante a Subseção II do código de obras de campina grande e as leis ambientais, que tratam do comércio, depósito e fabricação de inflamáveis, realocamos os fogueteiros para a BR 302 (projeto já existente e que pertence a prefeitura).

O PARTIDO 


    A solução urbanística encontrada consiste em aproveitar a UPA, um equipamento já existente e significativo para o local, para incorporar elementos que beneficiem as pessoas que usam esse espaço e ao mesmo tempo trazer para os moradores uma boa alternativa para uma ocupação pública ativa e agradável. Dessa forma, o partido adotado busca criar um ambiente que proporcione um fluxo contínuo e em dégradé, sendo mais singelo e calmo nas proximidades da UPA para proporcionar uma sensação de paz aos cidadãos que precisam fazer uso dessa unidade de pronto atendimento e se tornando mais intenso na sua extensão, onde a comunidade poderá se reunir e se relacionar.  

 

MEMORIAL DESCRITIVO 

 

    Em meio a disciplina Fundamentos do planejamento e do desenho urbano, as perspectivas de Gordon Cullen e kevin Lynch nortearam a proposta e sua viabilidade. Assim, tudo foi pensado perante a melhoria do espaço afim de lhe trazer urbanidade, conforto ambiental e espaços de vivência, priorizando a escala humana e tomando partido da UPA.
   A intervenção proposta parte da ideia de um “degradê” que se expressa na disposição dos elementos no parque linear. Assim, o entorno da UPA, por ser uma instituição hospitalar, reflete tranquilidade e calmaria com uma paisagem mais singela representada por árvores e alguns bancos que possam ser utilizados tanto pela população local quanto pelos transeuntes da unidade. 
   Posterior a esse entorno, foram dispostas algumas vagas de estacionamento que supram as necessidades do local com a presença do parque, e um bicicletário.
   Com a expectativa de cumprir os desejos que os moradores expressaram nas entrevistas, foi colocado no meio do parque um espaço multiuso, que servirá para a prática de esportes, realização de eventos da comunidade e ações culturais.
   A partir daí, considerando a elevada topografia, dispomos os jardins em lances de uma escadaria dinâmica e irregular que se distribui ao longo de boa parte do canteiro. Ao vencer o desnível do terreno chegamos à antiga ocupação das barracas de fogos, que agora é um espaço destinado ao comércio de alimentos, sendo presentes quiosques e foodtrucks.
   Como necessidade do local, dispomos também um posto policial que foi situado no meio do trecho, também local de maior fluxo de pessoas. Alinhado ao posto, encontram-se os banheiros públicos que visam atender a população em geral.
Tendo em vista que o trecho possui apenas dois pontos de ônibus, achou-se necessária a implantação de mais um, que foi colocado em frente ao espaço multiuso, bem no meio dos dois já existentes.
Vale ressaltar, que em prol da atual crise hídrica a vegetação é proposta com respeito a tais condições, de modo que foram priorizados cactos, arbustos e a preservação das árvores já existentes.
    A necessidade do marco partiu do pressuposto que os fogueteiros têm simbólica importância na história do local. Assim, inserimos um monumento de forma prismática, alongada, que remete a maestria de uma explosão luminosa, característica da atividade. 

 

Orientadora: Dr. Kainara Anjos

Grupo: Daiane Araújo, Diego Diniz, Beatriz Sousa, Sam Lima e Anna Hemília;
    

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